quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sob duas com muito estilo

O promissor e pouco explorado mercado de roupas para duas rodas
Se você é do tipo de pessoa que incorporou a bicicleta ou qualquer veículo de duas rodas no seu dia a dia, seja ele para passear, trabalhar ou apenas se divertir, já deve ter deparado com um outro problema na hora de sair de casa: A roupa certa para pedalar.
Com tantos incentivos ao uso da bicicleta em todos os lugares do mundo e, no Brasil esta tendência vem ganhando cada dia mais e mais adeptos e incentivos também, algumas empresas vem ganhando mercado em um nicho muito pouco explorado com a produção de roupas adequadas para duas rodas. Um ensaio na revista Vogue americana publicou alguns looks que foram montados para combinar com o estilo do ciclista e a necessidade de estar bem vestido e seguro, afinal todos que se arriscam sob duas rodas conhecem as necessidades de se ter agilidade e mobilidade a qualquer momento do percurso.
Empresas que apostarem neste novo ciclo da moda, o de duas rodas, certamente estarão em um caminho muito promissor e pouco concorrido. Afinal por mais que os ciclistas adequem suas vestes para facilitar o dia a dia nada como uma roupa preparada para atender estas necessidades especiais e quem gosta de estar bem vestido com muito estilo mas não abre mão da magrela, vai gostar!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Afinal qual a medida de uma modelo Plus Size

Ela tem um rosto belíssimo, um corpo com curvas perfeitas e todos os predicados necessários à uma modelo de sucesso, exceto pelo manequim: ela veste 40 e para o mundo “fashion” é plus size!


Robyn Lawley na capa da Vogue Itália - 2011
Somente no mundo da moda, onde os ditames bizarros de padrão de beleza, que exige medidas de super magro, barriga chapada onde as modelos brigam diariamente com a balança para se manter  com 30% a menos que o peso normal, ela não é bem vinda.


Com o sucesso a modelo australiana Robyn Lawley, prova que na vida real não é bem assim. Em paz com a vida e com o que ela tem oferecido de melhor, contratos, campanhas, desfiles e tudo que uma modelo pode aspirar, Robyn prova para o “mundinho fashion” que, sim , é possível fazer parte deste seleto e bem pago universo com 5 quilos a mais e um corpo bem cuidado.
Eu fiz tudo que podia para perder peso. Eu não poderia chegar ao tamanho que eu precisava para ser modelo '

Em 2011, depois de iniciar a carreira na Austrália, onde foi criada, a modelo foi fotografada pelo renomado fotógrafo de moda Steven Meisel vestindo um espartilho para a capa da Vogue italiana e de lá prá cá sua carreira e referência ao que conhecemos como plus size mudou radicalmente.
em campanha para moda praia

Para as aspirantes a modelo, acreditem no potencial, afinal o que o mercado publicitário quer, cada dia mais, são mulheres reais, belas e verdadeiras.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Calçados impressos em 3D e que podem ser personalizados pela internet

Mais uma grande sacada para o futuro, destes que parece distante, mas sabemos um futuro cada vez mais próximo.
Foto: cubify
Já publicamos alguns textos sobre o futuro da fotografia e também sobre o mercado das impressoras em 3D e é claro que daqui alguns anos (talvez meses) a gente "saca" este texto e vai achá-lo muito ultrapassado, porque todos nós teremos acesso a uma impressora 3D daqui a bem pouco tempo.

Então temos de ser rápidos para mostrar o que vem por aí. Uma linha de sapatos de salto alto que podem ser baixados de graça e impressos em seis ou sete horas a três dimensões.
A criação é do designer Finlandês, Janne Kyttänen, (http://www.jannekyttanen.com/que ainda disponibilizou os modelos para que as próprias pessoas possam personalizá-los. As peças vêm em quatro estilos (facet, macedonia, leaf e classic, com pequenos detalhes que os diferenciam), estão disponíveis gratuitamente na internet e o usuário só precisa escolher o tamanho e imprimi-lo na cor da sua preferência.Os sapatos foram concebidos para serem impressos com uma Cubex (modelo de impressora 3D) e são apenas uma dentre muitos trabalhos do designer nesta área. Ele é um apaixonado pela tecnologia da impressão 3D e mantém uma loja virtual, a Cubity (http://cubify.com/) com diversas peças construídas apenas com esta inovação.
Sabemos que pouquíssimas pessoas já podem se dar o luxo de ter uma impressora 3D em casa, mas esse é mais um exemplo do que nos aguarda num breve futuro.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O Brasil, ainda, não conhece o Brasil

Um dos mais importantes polos de confecções do estado, na cidade de Maringá, realiza mais um grande evento para receber compradores de todo o Brasil.
Ricardinho, levantador campeão mundial e medalhista olímpico com o Brasil, 
participou do Maringá Fashion Mix 2013. (Foto: Bruna Moreschi)
A cidade de Maringá será sede de mais uma grande mostra de coleções de produtos genuinamente paranaenses. O dia 06 de outubro foi a data escolhida para a mostra da coleção Alto verão. A cidade e seu entorno, agrega mais de 10 escolas com formação em cursos superior e técnico na área de criação, estilo, engenharia têxtil, entre outros indispensáveis pela qualidade dos produtos apresentados.
Não bastasse todo essa tecnologia empregada para apresentar os melhores produtos manufaturados o Sindvest – Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá e responsável pela organização do evento, se atenta principalmente à forma de apresentação de seus produtos. Na edição anterior do Maringá Fashion Mix o trabalho do produtor Ed Benini, exaltou a cultura brasileira impressa nas criações de diversas marcas presentes no evento, transformando o que poderia ser uma simples demonstração de “roupas” em um grande espetáculo da moda. 

A cidade de Maringá costuma receber compradores de todos os estados brasileiros, com força maior para Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo e claro, Paraná. Uma região que se destaca pela alta qualidade dos produtos apresentados pela indústria local, fruto da grande influência que tiveram por serem durante muito tempo, cerca de 20 anos, “terceirizados” de grandes marcas como M.Officer, Ellus, Fórum, Vuarnet, entre outras importantes marcas.
Foto: Bruna Moreschi

O polo de confecções de Maringá responde por aproximadamente 80 mil empregos diretos o que impulsiona aproximadamente mais de 400 mil outros tantos profissionais de forma indireta. Seis (6) shoppings de atacado que participam deste evento, somando aproximadamente 600 lojas com produtos a pronta entrega.
A próxima edição já tem data confirmada: 06 de outubro 2013, para lançamento das coleções de Alto Verão. Que venha o próximo e com muito sucesso de vendas, afinal é a coleção que norteia o fim de ano. É ver prá crer.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A produção de sentido na fotografia de moda

A produção de sentido na fotografia de moda nos faz crer que nossos olhos acreditam “cegamente” no que vêem
vestido feito de clicletes
Se você ainda não se decidiu pelo qual caminho pretende seguir na carreira e fez a escolha de trabalhar na área da moda ou fotografia, vai gostar desta matéria. A fotógrafa e artista coreana Yeonju Sung apostou em um projeto muito ousado. 
de bananas
Há cerca de dois anos ela vem trabalhando com materiais nada convencionais, misturando cores e texturas e até sabores dos mais variados tipos de alimentos, que passam por frutas, legumes e verduras. Um trabalho que só pode ser visto através da fotografia, assim a artista passa boa parte de seu tempo na produção de peças que não servem para alimentar e tampouco usadas como roupas, gerando um conjunto completamente diferente de imagens que contradizem a noção convencional de alimentos e roupas.

de cebolinha
No Brasil o estilista Jum Nakao realizou um trabalho inesquecível com uma proposta similar, quando em 2004 deixou uma platéia de mais de mil pessoas estarrecidas com a mostra do desfile que ele definiu como “a costura do invisível” , nele as modelos terminavam o desfile rasgando todos os looks que foram apresentados no evento, o propósito era mostrar o qual efêmero e passageiro é a moda.

Todas as peças fazem parte do acervo da artista e, claro, só podem ser vistas em fotografias nas inúmeras exposições que a artista vem apresentando pelo mundo.

Fonte e crédito das fotos : 
http://www.yeonju.me/ - 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Uma ideia na cabeça se torna um negócio rentável

O chapeleiro Durval Sampaio tem um lema de vida: trabalhar no que ama. Por isso ele deixou pra trás um emprego estável e que permitia ganhar um bom dinheiro para… fazer chapéus. A ideia parecia meio louca, principalmente para sua mãe, mas o sucesso do negócio e a paixão pela costura e pelos próprios chapéus provaram que ele estava certo.
O começo de tudo foi assim: depois de muitas voltas tentando achar um chapéu bacana para uma festa, Durval cansou e decidiu fazer ele mesmo. Em pouco tempo, estava criando chapéus de diferentes padrões para os amigos, que elogiavam o trabalho. O vício pegou e Durval, conhecido como Du E-Holic descobriu que só precisava de uma máquina de costura, uns pedaços de tecido e muita vontade. E assim ele mudou de vida.
Em pouco tempo já estava criando chapéus para seus irmãos, amigos e amigos de amigos. Assim não demorou muito para a brincadeira virar coisa séria.

Sete anos de muito trabalho se passaram até conquistar seu sobradinho simpático e decorado por ele usando sucata de móveis.
Ele é quem fabrica cada um dos chapéus expostos na sua boutique. Cada modelo tem uma etiqueta com a música que serviu de inspiração na criação.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Retratos do presente, no futuro

Já pensou você em miniatura na estante da sua casa, parece brincadeira, mas não é.

Mais uma grande invenção do presente que vai – sem dúvida alguma – mudar muito nossa forma de lidar no futuro com as impressões em 3D.
Imagine uma figura de você mesmo. Agora, imagine você presentear os seus pais com uma miniatura dos netos para colocar na estante. É isto mesmo um boneco feito a partir das suas formas, mas de um modo muito mais acessível e sem dúvida alguma muito útil também. A empresa que tem sede na Alemanha, descobriu uma técnica genial de usar a impressora em 3D. Conhecida como fotogrametria, segundo a empresa a tecnologia é semelhante ao que muitas pessoas conhecem do efeito Matrix -  você pode eternizar um momento. O nascimento de um bebê, o casamento de um filho, a festa de 15 anos da filha, o animalzinho de estimação, a formatura e até aquele momento em nos sentimos o máximo pode ser eternizado.
Como funciona? assim: Você escolhe a roupa com a qual quer ser “copiado”, posiciona-se sobre uma máquina para ser fotografado e pronto (e nem precisa prender a respiração) o resultado é você em 3D, que você pode segurar nas mãos e olhá-lo por todos os lados.
Parte da técnica utilizada - o pó que auxilia na construção das miniaturas

A técnica também permite que seja feito a partir de fotografias já prontas, mas alguns critérios devem ser observados para que a cópia fique perfeita, como tipos de roupas, cores e outras informações que eles comunicam na hora de "fotografar" você. As miniaturas custam em média 250 euros e o tamanho varia entre 15 e 35 cm. Incrível.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A moda como arte atrai público em museus nos EUA

Se você curte aquela sensação de entrar numa sala de desfile, o ar condicionado, o ambiente escuro, música alta, as pessoas vestidas com muito estilo vai gostar desta nova tendência americana para angariar público para os museus.

Exposição sobre a influência do punk na moda no museu Metropolitan, em Nova York

Pelo menos 17 mostras com foco em roupas e acessórios estão em cartaz ou sendo montadas em instituições no país, segundo um levantamento feito pela Folha de São Paulo. Os cenários lembram verdadeiras semanas de moda e os manequins expostos estão vestidos por estilistas aclamados muito conhecidos pelo público que gosta de moda e pouco conhecido pelos frequentadores de museus.

A pesquisa revelou, ainda, que o público que viu a exposição do estilista Alexander McQueen é igual – em números – ao de Mona Lisa. É claro que existe muito mais exposições com obras como Mona Lisa e pouquíssimas sobre moda nos grandes museus.

John Galliano para primavera/verão de 2001, que ilustra livro da mostra do Metropolitan

No entanto a inacessibilidade da maioria das pessoas que gostam de moda aos grandes desfiles tornam um sucesso as exposições de moda em museus porque podemos ver de perto aquela peça tão desejada e copiada por tantos.

"As pessoas se atraem porque moda faz parte da vida delas. Quando compramos, olhamos o material, o estilo e a forma", afirma Sarah Schleuning, curadora do High Museum of Art, de Atlanta, que abriu uma série com a meta de alcançar quatro mostras de joias até 2014.

Trabalho de Vivienne Westwood, de 1970, exposto em Nova York

Sem nunca antes ter realizado uma grande exposição voltada para o assunto, o Seattle Art Museum aderiu à moda e registrou público 50% superior ao estimado em uma exibição inaugurada recentemente mostrando três décadas de influência fashion japonesa (e vários looks dos estilistas Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto, é claro).
Vestido da exposição sobre moda japonesa, em Seattle

Em Nova York, o museu Metropolitan vai abrir em novembro uma retrospectiva do designer de joias francês Joel A. Rosenthal, e isso logo depois da exposição "Punk: Chaos to Couture", que termina agora. Essa, sobre a influência do movimento punk nas passarelas, foi aberta em maio (2013) sob forte expectativa de sucesso de público, característica que se repete na maior parte dos eventos, seja qual for o estilo exibido.

O repertório hippie de uma mostra apresentada no Museum of Fine Arts de Boston, que desde os anos 1960 despe seu acervo para eventos de moda, sinalizou que neste ano o assunto ganhou mais popularidade, segundo a curadora, Lauren Whitley: "'Hippie Chic' nos fez perceber um novo público não familiarizado com os eventos anteriores do museu", diz.Algumas instituições, entretanto, negam que a escolha de temas relacionados à moda seja orientada pelo apelo à audiência, o que eu duvido.

Joia chinesa com pérolas de Maria Pinto, coleção exposta no museu Field

"Moda é também um trabalho de arte e tem significados e representações culturais tão importantes quanto a pintura", responde um porta-voz do Norton Museum of Art, de West Palm Beach, instituição que vai abrir em janeiro sua mostra de joias. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br – por Joana Cunha

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Vicunha demite 300 funcionários e fecha unidade de fios de viscose

Enquanto o governo se preocupa com seus vôos particulares em jatinhos do estado, deixa obras – monumentais – inacabadas, como hospitais, escolas e outras tantas, empresas tradicionais fecham suas portas, demitem e aumentam o índice de desempregados para colocar mais e mais pessoas na lista dos bolsa-auxílio – entenda-se por bolsa-voto.
A unidade de fios de viscose da Vicunha Rayon Têxtil, em Americana, vai fechar as portas da linha de produção e demitir 300 trabalhadores a partir de quinta-feira. A empresa comunicou a decisão ontem ao Sindicato dos Trabalhadores Têxteis. De acordo com a entidade, a decisão já vinha sendo protelada, até o momento em que a crise do setor impediu que as atividades tivessem continuidade. A produção de fios de viscose no grupo teve início originalmente em 1949, com a Snia-Viscose, adquirida pelo Grupo Vicunha em 1982.
"A Vicunha já vinha, há cerca de um ano, protelando essa decisão. Vínhamos conversando e buscando alternativas. A empresa esperou para ver se o mercado melhorava, mas está cada vez mais complicado para o segmento têxtil, principalmente para as fiações", comentou o presidente do sindicato que representa a categoria, Antonio Martins. "É um impacto muito grande, tanto social como psicológico. A empresa é uma das maiores do Brasil. Pegou a gente de surpresa, mas é o fim de uma história que já se desenrolava há muito tempo", completou o sindicalista.

A entidade informou que as demissões serão efetivadas na quinta-feira. A empresa pagará a indenização pela dispensa dos funcionários e, dessa forma, não será necessário o cumprimento de aviso prévio, ainda segundo o sindicato. O setor de fiação de viscose representava cerca de 70% do quadro da empresa. Aproximadamente 150 funcionários seguirão na unidade de celulose.

Para o presidente do Sinditec (Sindicato das Indústrias Têxteis de Americana e Região), Dilézio Ciamarro, o caso da Vicunha serve de exemplo para demonstrar as dificuldades enfrentadas pelo segmento, frente a importação vinda da Ásia, considerada desigual. "O governo precisa abrir os olhos para as empresas da cadeia têxtil, que não estão aguentando a diferença da competição com os produtos importados. Precisa ser feito algo 'para ontem'. O caso da Vicunha é mais uma situação emblemática para representar os problemas do setor. Ela mostra que não vale mais a pena produzir fios no Brasil", disse ele. Os números do déficit da empresa e da dispensa de funcionários serão incluídos na apresentação que os empresários representantes do setor farão em Brasília, no dia 20, em reunião com deputados federais, segundo Dilézio, visando a votação do veto presidencial que impediu o fim da multa de 10% sobre o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Fonte: www.portalliberal.com.br – por Bruno Moreira

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Pólos de Moda no Brasil - Mercado

Na semana passada falamos aqui como surgem os polos de moda no Brasil (http://luciawandermoda.blogspot.com.br/2013/08/como-surgem-os-polos-de-moda-no-brasil.html).

Depois de acompanhar mais um grande evento realizado pelo pólo de moda do Paraná, publicamos agora uma tabela onde pode-se observar as principais características identificadas em cada região. Concentradas por atividades estas regiões erguem suas economias no entorno destes nichos de mercado, como o polo no norte e noroeste do Paraná que atua fortemente no segmento jeans e o de Friburgo-RJ que especializou-se em lingerie e roupas íntimas.

Pólo de Moda - Região Nordeste

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Pólo de Moda - Região SUL

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O sucesso destes mercados é o que conhecemos como a roupa “barata” com boba qualidade mas que pode e deve ser substituída a cada 3 meses ou menos, pois é desta maneira que estes polos veem se tornando bons mercados para a economia de pequenas (e grandes) cidades.

Pólo de Moda - Região Sudeste

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Fonte: http://www.audaces.com/br - Autor: Roberto Rubbo - Professor do Senac Lapa Faustolo

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fotogramas da moda – anos 80

por C.A.Macchia

1982 foi um ano emblemático para o cinema mundial. 
Em um rápido lampejo de memória podemos montar uma das melhores filmotecas de todos os tempos apenas com algumas das pérolas deste ano distante e próximo. Vamos lá:

ET, Gandhi, Tootsie, The Wall, Tron, Victor ou Vitória, Poltergeist, Sonhos Eróticos de Uma noite de Verão, Conan, A marca da Pantera (Cat  People), A Noite de São Lourenço, O Veredito, Rambo, O Enigma do Outro Mundo (The Thing), O Ano que Vivemos em Perigo, ufa, só aí o leitor pode passar anos desfrutando em suas memórias de clássicos que superaram qualquer linha de espaço-tempo.
Dustin Hoffman em cena do filme Totsie

Pode-se ainda reclamar da Academia de Hollywood que consagrou Gandhi em detrimento de ET ou que Dustin Hoffman foi prejudicado, apesar de sua magistral interpretação em Totsie, mas ninguém discorde que Bem Kingsley foi o Gandhi definitivo.
Muitos voaram e emocionaram-se nas bicicross em ET, ou riram com Victor ou Vitória. Alguns quiseram ser Conan ou Rambo.
Assustaram-se com o genial Enigma do Outro Mundo (The Thing), um filme de terror inteligente como poucos ou Poltergeigeist que inovou a forma de causar medo.
Bem só por aí chega.
Mas o ano de 1982 seria mais por um filme que é definitivo: Blade Runner. Nada nos preparou para este filme.
Cena do filme Blade Runner
As duas grandes referências de filmes de ficção científica eram 2001, Uma Odisséia no Espaço e o épico Guerra nas Estrelas. Mas Blade Runner veio para mudar as coisas.
Em uma Los Angeles de 2019, sem sol, com um caleidoscópio de viventes, do punk ao hare krishna, que desfilavam por uma Chinatown psicodélica e ruas escuras, ambientes escuros, futuro escuro.
Um noir futurista, no qual o fatalismo é denso

As emoções estão impregnadas de uma angústia que se reflete em cada acorde da magistral trilha de Vangelis.
Os diálogos são cortantes, como se extraídos de um livro de Daschiell Hammet. Porém na tela o drama é existencialista. Quem somos, de onde viemos, para que estamos aqui?
E aí, bah, desfilam os personagens centrais em uma trama de ódio e amor nunca vistos em um filme de ficção científica.
Some-se ao rompimento total com os designers estabelecidos para os cenários e figurinos.

Nada ali busca uma tendência futurista. O que impera é um choque constante de estilo.
O copo de whisky é quadrado não porque está no futuro, mas porque reflete um objeto prático para se depositar o maior volume de bebida possível.
O sobretudo não está ali para dar estilo ao personagem, mas para de fato protegê-lo de uma chuva constante.
O uso do couro não é para criar uma gang, mas faz parte de uniformes espaciais. Comer comida chinesa no balcão é um ato normal. Ninguém pensava no computador pessoal naquele ano de 1982, mas em 2019 ele era uma simples ferramenta de trabalho, nada mais.
A cena de amor ao som de Love Teme é carnal, violenta, passional como um drama mexicano, sem perder a beleza, ou cair no ridículo. Não, o beijo é roubado, seduzido, apaixonado. O vilão traz ternura no olhar. Quer apenas viver. A luz briga para tentar iluminar ambientes que não buscam um estilo, mas ao contrário são livres de estilo.
A delegacia é suja como um banheiro público, a sala do cientista é barroca, com leves toques da arquitetura grega em colunas que fazem um pé direito quase infinito.
Neste filme você verá o quanto o figurino liberta-se do padrão yuppie que dominava o início dos anos oitenta.
Quando a moda começou a sair de moda e o estilo pessoal ganhou força - Blade Runner
Não existe um padrão de estilo, mas ao mesmo tempo ali está a harmonia do vestir. Harmonia que hoje se conquistou, quase chegando ao 2019 de Blade Runner. Ali o visionário do figurino soube traduzir o dia em que moda seria pessoal e intransferível.
Sem perder a elegância.
Aliás, é um dos filmes mais elegantes de todos os tempos.

Atual, visionário, retrô e muito elegante

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A moda por um mundo melhor

Grife de moda mineira coloca presidiários para tricotar e cria oportunidades para os detentos depois de cumprirem suas penas. Por falta de mão de mão de obra qualificada a empresária Raquel Guimarães treinou homens detidos em presídio de segurança máxima para fazer tricô e crochê.

A empresária e estilista mineira Raquel Guimarães fundou a grife de moda Doisélles para fazer peças de croché e tricô. Mas a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada para tal tarefa levou Raquel a buscá-la e treiná-la em um ambiente pouco provável: presídios masculinos de segurança máxima.
Raquel acompanha e orienta o trabalho

O projeto foi concebido e justificado dentro da Lei de Execução Penal, que estabelece que o trabalho dos condenados deve ter função educativa e produtiva. Até hoje, Raquel já treinou 40 presidiários, todos homens, e atualmente 18 deles trabalham para a grife em troca de redução para suas penas. Cada três dias trabalhados lhes garante um dia a menos na prisão
A iniciativa ganhou um ensaio fotográfico pela agência Reuters e uma reportagem publicada na home do site do jornal britânico The Guardian (04/08). No site da empresa, Raquel diz que os detentos "foram tomando gosto pelo tricô, até mesmo por moda de uma maneira geral".Ainda de acordo com o site, a unidade de produção da marca hoje encontra-se dentro do pavilhão 1 da Penitenciária Professor Ariosvaldo de Campos Pires, em Juiz de Fora (MG), onde a produção é inspecionada por controle de qualidade tipo exportação. Os 18 detentos que trabalham para a grife estão presos sob regime fechado, condenados por crimes que vão de assalto a mão armada a assassinato.
Além de ter peças vendidas em multimarcas por todo Brasil, a Doisélles tem showrooms em São Paulo, Nova York, San Francisco e Tóquio.

Sim, o seu estilo diz muito sobre quem você é

Você já parou para pensar o que a sua roupa, seus sapatos e acessórios podem dizer muito sobre a pessoa que você é?
Vestir o que se acredita é uma das maiores formas de estilo. Isso nos ensina que seguir os nossos valores faz toda a diferença. Nosso exterior deve refletir o nosso interior, caso contrário estaríamos enganando os outros e pior, a nós mesmos. A moda tem esse papel social em nossas vidas, mostrando-nos para o mundo sem precisar abrir a boca.
Se uma pessoa respeita os animais e a natureza, não poderia usar algo que em sua produção, faz exatamente o contrário: polui o meio ambiente, usa o couro de animais como matéria prima e é desumana ao tratar os seus funcionários e amigos.
Por falta de opção, muitas pessoas acabam deixando seus valores de lado e vestem apenas o que acham bonito. O difícil mesmo é encontrar uma marca que siga a mesma filosofia que a nossa sem perder o estilo. 
QUESTIONAMOS HÁBITOS: Isto pode fazê-lo não apenas mais elegante, mas peça única. Não apenas por um tecido diferente ou uma textura original, mas por vestir aquilo que acredita.
Neste post identificamos uma marca engajada com produtos que refletem o estilo de vida de seus consumidores e este estilo se revela também nas atitudes que estas pessoas defendem como correto.
Assim esta marca se lançou no mercado com calçados e acessórios 100% conscientes, sem o uso de produtos animais ou materiais que agridem o meio ambiente.
A loja tem como conceito ser 100% transparente, questiona os padrões atuais, além de inspirar atitudes e respeito por toda forma de vida. Se você também compactua com esta mesma visão de mundo vai gostar deste post e dos produtos aqui apresentados. http://www.hypeness.com.br/2013/07/o-que-o-seu-estilo-diz-sobre-a-pessoa-que-voce-e/


Fonte:  www.hypeness.com.br – por Eme Viegas

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A moda por um mundo melhor!

Shopping Center é totalmente construído com containers reciclados.
A cidade é Christchurch, na Nova Zelândia, o empreendimento é um shopping Center que foi totalmente construído com containers reciclados colocados lado a lado.
O Cashel Mall é um complexo temporário, feito depois dos terremotos que assolaram a Austrália em 2011, e é a prova de que até um símbolo de consumismo pode ser sustentável.
O shopping tem 27 lojas, entre restaurantes, cafés, lojas de roupa ou de presentes. O aspeto exterior é bastante agradável, já que cada container foi pintado com cores diferentes e bem vivas.
Fonte: por Jaque Barbosa – www.hypeness.com.br - fotos: www.ideiasgreen.com.br