terça-feira, 6 de julho de 2010

CYCLE CHIC

A moda ciclista vira movimento, mas como está e para onde vai a tribo de duas rodas

"Se você vai usar a bicicleta para atividades esportivas ou pedalar em corridas, vai precisar de equipamentos e roupas específicas. Mas se você quiser ir de bicicleta ao trabalho ou ao supermercado, em distâncias curtas, você não precisa de nada especial. Basta abrir seu armário”.

Esta citação é de Mikael Colville-Andersen, fotógrafo e cineasta que criou o termo Cycle Chic, em meados de 2006. Uma foto despretenciosa que ele fez e você conhecerá a seguir deu nome para um movimento que está sendo seguido no mundo todo. Atualize sua coleção e guarda-roupa com o top 5 de informações que esta reportagem traz na sequência!


























Criador do blog Copenhagen Cycle Chic, chamado de "The Sartorialist em duas rodas" pelo jornal The Guardian, o fotógrafo Mikael promove o uso de bicicletas como meio de transporte nas cidades. Em vez de manifestos e textos sobre o assunto, foi através de uma fotografia, em que uma garota está começando a pedalar no momento em que o semáforo muda do vermelho para o verde, que ele resumiu uma nova forma para ciclismo e moda dialogarem em centros urbanos.

Com a proposta de que as pessoas podem usar roupas normais para pedalar, Mikael desencadeou um movimento em vários países, que adaptaram o conceito ao clima de sua região. Como pedalar de terno em Londres não é a mesma coisa que pedalar com a mesma roupa no Rio de Janeiro, diversos blogs foram criados para publicar como os Cycle Chics se vestem ao redor do mundo.













Muitas pessoas não usam bicicletas no cotidiano porque não gostam roupas esportivas ou não podem chegar de bermuda e camiseta no seu ambiente de trabalho. Para estas pessoas, o Cycle Chic é uma solução perfeita, por sustentar que qualquer roupa que você usa como pedestre também pode ser usada para pedalar.

Em termos de estilo, o ideal é que a elegância norteie as produções usadas para conduzir a bike. Calça social e sapato são comuns entre homens, assim como saia e salto para mulheres. No entanto, como o movimento surgiu na Europa, é preciso bom-senso para que seja viável em países mais quentes, como o Brasil.

Mesmo que a roupa fitness caia em desuso no Cycle Chic, a segurança jamais deve ser desprezada sobre as duas rodas. Então, surgiu o desafio: como combinar capacete e colete refletivo com uma produção casual? A moda respondeu esta pergunta com itens de segurança "disfarçados" e detalhes inseridos em peças já existentes. Capacetes que recriam chapeus normais, mochilas com faixas refletivas e até casacos com lâmpadas acopladas são alguns dos filhos recentes do casamento entre pedaladas e passarelas.

Bikes na passarela

Diversas grifes entraram no embalo do ciclismo aliado ao mundo da moda e lançaram suas próprias bicicletas. Há para todos os estilos: desde modelos de luxo Chanel, versões mais jovens e esportivas Puma, além dos floridos veículos Liberty.

Em passarelas internacionais, a grife Moncler Gamme Bleu apresentou peças de verão 2011/12 que misturam características casuais e esportivas. Em conjunto com sapatos, calças sociais e gravatas, foram propostos itens de proteção como luvas e faixas refletivas, dispostas em diferentes lugares dos looks.

Além dos exemplos da moda cotidiana que se inspiram no ciclismo para desenvolver coleções, há semanas de moda específicas para os lançamentos do segmento. Dublin Cycle Fashion Show e Urban Legend Fashion Show são os eventos mais expressivos e envolvem desfiles, exposições e feiras.

Onde está e para onde vai

Cycle Chic é uma tendência em evolução em cidades que investem em instalações para melhorar o uso da bicicleta. Com a crescente popularidade do movimento, há programas comunitários, como o Velib, em Paris, Bicing, em Barcelona, Eu Vou de Bike, no Brasil, que informam aos cidadãos as facilidades de trocar o carro pela bicicleta.

Mesmo em cidades em que não há infra-estrutura para pedalar com segurança, os grupos de ciclistas são numerosos e querem ver mudanças. Em São Paulo, por exemplo, ciclofaixas clandestinas foram pintadas neste ano em algumas avenidas movimentadas que não oferecem condições para ciclistas trafegarem. Protestos como este demonstram que há um público consolidado e ativo, que clama por rua e respeito.

Recentemente, a Oakley lançou uma revista inteiramente dedicada ao universo do ciclismo. Chamada "Rebels - Revista Oakley da Cultura Ciclística", a publicação traz traz entrevistas com algumas personalidades e atletas japoneses patrocinados pela marca. Rebels segue os padrões da revista japonesa Hidden Champion, que aborda outros esportes sempre referenciando a moda.

fonte: site. www.usefashion.com
Saiba mais: Curitiba Cycle Chic