quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

As interferências do futebol na Moda

Sempre que a escolha do país que vai sediar a copa é anunciado um grande movimento criativo se faz em torno dele. Foi assim com a África em 2010, com a França em 1998 com a Alemanha em 2002 e por aí vai. Este ano não vai ser diferente. Desde que tomamos conhecimento do “próximo” país a sediar uma copa voltamos nossa atenção para este ponto, e, a partir daí começam a surgir os insights criativos em todas as áreas, turismo, gastronomia, cultura e principalmente, a Moda. 
chuteiras da década de 30 - Botas adaptadas com a colocação de cravos na sola e
 reforço de couro nas pontas para chutar (Acervo Footwise/Paulo Gini)
A Moda influencia todo este espetáculo, da arquibancada vemos os craques, nos vestimos para vê-los, pintamos o rosto, usamos bandanas, brincos, camisas coloridas e tudo para conhecer quem serão os craques? serão os que fazem o espetáculo sobre a grama ou serão os espectadores espetaculares que assistem ao espetáculo?



Pelé, Maradona e Zidane para Louis Vuitton
Para enaltecer e valorizar a nossa cultura foi criado o projeto “BRASIL um país, um Mundo”. Uma exposição itinerante que passará por todas as cidades sedes da copa de 2014 até o mês de julho, quando a última cidade a apreciar a exposição será o Rio de Janeiro e também a cidade que vai revelar o campeão da Copa do Mundo 2014. 

Uniforme de Treino 1962 - Feito para enfrentar o inverno chileno
Apesar de nossos governantes terem transformado o Brasil em um país quase “hostil” para a chegada da copa é inegável que o futebol é paixão nacional, senão para todos, pelo menos para uma grande maioria.
Messi para Dolce & Gabbana
A mostra já passou pela cidade de Curitiba no mês de fevereiro e, embora rápida, deixou sua marca. Uma das mais importantes delas é a influência que o futebol exerce sobre a moda. São camisas, chuteiras, bolas e outros tantos itens que movimentam a indústria têxtil e do vestuário no Brasil e no mundo. Além é claro da presença dos grandes jogadores em campanhas publicitárias milionárias que tem o intuito de promover suas marcas, como Armani que já teve David Beckham, Dolce & Gabbana com Messi, a Lupo com Neymar,  e ainda o encontro de Pelé, Maradona e Zidane para Louis Vuitton.
A mostra principal inclui milhares de peças históricas e, além da parte do vestuário também apresenta medalhas, troféus, bolas e chuteiras, além de recursos multimídia, que traçam a trajetória do País no esporte bretão desde a década de 30 até os dias de hoje. A exposição faz um paralelo entre o futebol e a arte, a publicidade, a moda, a diversidade, a tecnologia e a paixão.
No início do século 20, as bolas eram feitas de forma artesanal, mas com o auxílio de máquinas rústicas para auxiliar a costura, que ficava aparente. Por uma abertura se introduzia uma câmara interna. Um cadarço dava o fechamento.
Sim, vale a pena ver.

A mostra já passou por 4 das cidades sedes da copa, mas ainda dá tempo.  Confira abaixo as próximas temporadas da exposição: www.brasilumpaisummundo.com.br
Porto Alegre: 25/02 a 23/03 - Natal: 11/03 a 04/04 - Fortaleza: 01/04 a 28/04  - Belo Horizonte: 15/04 a 11/05 - Cuiabá: 27/04 a 19/05 -  Manaus: 01/06 a 25/06 – São Paulo: 10/06 a 15/07 -  Rio de Janeiro: 12/06 a 14/07

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Maringá, mais uma vez, sediará um grande evento de moda no estado

A união de esforços, e de interesses em comum, para fortalecer a indústria Têxtil Paranaense propõe a criação de um Instituto para desenvolvimento da Moda Paranaense.

Foto: Rogério Theo - Paraná Business Collection
Representatividade política, linhas de crédito especiais, qualificação e valorização profissional são os principais pontos da estratégia para 2014
As indústrias do setor do Vestuário e Têxtil do Paraná deverão ter, em breve, um instituto exclusivo, voltado a seu desenvolvimento, com ações que aumentem a competitividade frente a concorrentes nacionais e de outros países.

Foto: Rogério Theo - Paraná Business Collection
A decisão, tomada como prioridade para o ano de 2014, pelos representantes dos Sindicatos do Vestuário de todo o estado tem como finalidade unir um setor que há 15 anos se uniu, fortaleceu e atualizou o mercado – através do Planejamento Estratégico realizado em 1999 -  revelando para todo o Brasil o potencial da indústria têxtil e do vestuário do Paraná.

A expectativa dos defensores da criação do instituto é que a iniciativa mobilize em seu entorno escolas de moda, fornecedores, governo do Estado, representantes do legislativo, Sistema Fiep, Sebrae e, principalmente as  Universidades e escolas formadoras dos profissionais da área.
Em longo prazo, a expectativa é de que a entidade seja um polo atrativo de outras empresas ligadas ao setor e ponto inicial de um distrito industrial vocacional, com benefícios fiscais. “Da forma como a ação está desenhada, sabemos que precisaremos de 10, 15 anos. Mas é necessário dar início a estas ações já”, pontuou Marcelo Surek, coordenador do Conselho Setorial da Indústria do Vestuário e Têxtil.
Dentre as decisões para a união do setor e a criação do instituto, a migração do evento Paraná Business Collection, para a cidade de Maringá foi a mais acertada e emergencial, pois a cidade reúne em todo seu entorno cerca de 4 mil pequenas e médias empresas com potencial fortíssimo – industrial e criativo – para fazer a diferença na indústria da moda paranaense.
A qualificação e valorização de mão de obra estão entre as principais preocupações dos industriais do Vestuário. O conselho também definiu um grupo de trabalho voltado ao tema. Ciclos de palestras, parcerias com escolas de moda e legalização de estrangeiros que queiram trabalhar no setor estão entre as principais ações deste grupo.
Paraná é o quinto maior produtor do setor do vestuário do Brasil, em volume. Maringá é o segundo maior polo de confecções do Brasil. No estado, 90% das empresas do setor são pequenas ou micro. Cerca de 80% das peças são confeccionadas pelas próprias empresas, com apenas 20% de terceirização.