terça-feira, 11 de junho de 2013

Os números do Paraná Business Collection

44 marcas participaram do Show Room de negócios realizado pelo evento Paraná Business Collection em sua oitava edição. Oito “grandes” empresas desfilaram suas coleções e 5 estilistas da “nova” geração foram contemplados com a participação nesta edição.
desfile novos talentos - foto: Mauro Frasson

O evento que promoveu mudanças significativas em toda sua estrutura – direção criativa, curadoria com profissionais de moda, zoom cultural, imprensa nacional, etc – ficou belíssimo, porém ainda não conseguiu aproximar as grandes marcas do conhecido “corredor da moda” localizado no norte e noroeste do estado para marcarem presença no maior evento de moda do estado.
Os números do Paraná na indústria da moda são bastante motivadores, 6.500 empresas (pequenas, médias e micro empresas. Fonte SEBRAE.2010) que empregam aproximadamente 100 mil pessoas formalmente, fora os profissionais autônomos que vivem à “margem’ da moda, costureiras, bordadeiras, estilistas, stylists e ainda as empresas que terceirizam e até quarterizam seus serviços, promovendo uma quantidade tão grande ou mais de  profissionais que prestam serviços para que a engrenagem funciona perfeitamente – por dentro e por fora – aqui podemos registrar produtores de moda, modelos, camareiras, faxineiras, iluminadores, montadores, etc. São aproximadamente 500 mil pessoas, ou mais, que vivem no entorno deste mercado no estado do Paraná, sem vínculo algum profissional.
Das 44 empresas que participam do Salão de Negócios 30% são paranaenses,
30% de Minas Gerais, 13% de Santa Catarina e 13% do Rio Grande do Sul (Foto: Mauro Frasson)

Dados do SEBRAE-PR confirmam que o Paraná ocupa a quarta posição entre os principais polos produtivos do Brasil. Uma das características da indústria do vestuário do Paraná é a organização em Arranjo Produtivo Local (APL). Em todo o estado são seis, localizados em: Londrina, Apucarana, Cianorte, Maringá, Terra Roxa, Francisco Beltrão e Imbituva. (fonte: Sebrae)
O evento Paraná Business Collection não tem patrocinadores privados, como deseja qualquer promotor de evento, isto quer dizer que através de entidades como a FIEP Federação das Indústrias do Estado do Paraná, que oficialmente representa as mais de 6.500 indústrias de confecção e o SEBRAE que assume uma boa parte da conta além de alguns excelentes “apoiadores” como o grupo RPCcom, O Boticário, entre outros.
O espaço Sesi Zoom Cultural - o melhor do evento! 
Um espaço para quem quer discutir e entender  sobre o mercado da moda


O número de empresas que participaram do show room de negócios equivale a 0,006% do montante de indústrias que existem no estado. A “moda” mostrada, desfilada e tão divulgada nas mídias durante a semana do evento estava representada por 8 empresas somente e sabemos que estas empresas não correspondem às grandes empresas da moda paranaense.
Uma indústria que se une para reivindicar em Brasília a baixa de impostos com o objetivo de ter preços competitivos com a indústria chinesa e indiana deveria se unir também para criar um evento que, de fato, represente a maioria das empresas do estado. Pois somente com a união de esforços, dos empresários, é que conseguiremos revindicar uma baixa significativa de impostos para toda a indústria de confecção do Paraná e ainda se nos unirmos aos outros segmentos do estado também a “moda” paranaense estará verdadeiramente representada.
Grife mineira Apartamento 03 fechou os desfiles do Paraná Business Collection
Eventos como este perdem a função porque representam uma minoria, contemplam pequenos grupos e deixam de representar a moda, a indústria criativa – os novos talentos – e também a economia tão presente nos polos no interior e tudo isto conta com o dinheiro do contribuinte, isto quer dizer o nosso dinheiro.

Redução de impostos: prioridade competitiva para o setor têxtil

Com objetivo de resgatar a competitividade da indústria de confecção e têxtil nacional a ABIT apresenta proposta de redução da carga tributária federal que incide sobre as confecções para até 5%.
Foto ABIT - REPRODUÇÃO

No próximo dia 19, às 8h, a Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção e a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional realizam um Café da Manhã, em Brasília, para discutirem as prioridades do setor têxtil e de confecção do Brasil para 2013-2014. O encontro acontece no Salão Principal do Restaurante Escola SENAC Gastronomia - Câmara dos Deputados, anexo IV, 10° andar e contará com a presença dos maiores empresários do setor, além de autoridades do governo.

Na ocasião, o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil de Confecção), Aguinaldo Diniz Filho, falará sobre o cenário atual e as principais demandas da indústria têxtil, tendo como foco a Salvaguarda para Vestuário e o RTCC (Regime Tributário Competitivo para a Confecção), ambos já entregues ao governo.

O RTCC foi desenvolvido pela ABIT com o objetivo de desonerar, simplificar e desburocratizar a carga tributária que incide sobre as confecções, se aplicado, poderia aumentar em 117% a produção física e gerar cerca de 597 mil novas vagas de emprego no setor, até 2025, em todo o Brasil.

Fonte: Abit
Vale lembrar que, os principais empresários brasileiros do setor participarão do encontro com os parlamentares, e depois permanecerão em Brasília, para uma reunião de diretoria na CNI.

domingo, 9 de junho de 2013

São Paulo ... zero grau!

Néle Azevedo é artista e pesquisadora independente. Vive e trabalha em São Paulo (São Paulo que eu amo muito!) Ainda não vi nada com referência a esta a artista, na moda, mas que é genial a obra.. isto é.

Berlim 2009 - foto Néle Azevedo

É mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP em 2003, Bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina em 1997.
Monumento mínimo - fev. 2013

Monumento Minimo - Santiago do Chile - 2012

Em 2002 recebeu o prêmio viagem ao Japão pelo Salão Bunkyo com um trabalho de instalação de esculturas em acrílico. No mesmo ano de 2002 inicia intervenções no espaço urbano com o Projeto Monumento Mínimo tendo como eixo de discussão os monumentos públicos nas metrópoles contemporâneas como Brasília, Salvador, Curitiba, São Paulo, Havana -Cuba, Tóquio e Kyoto- Japão, Paris-França, Braunschweig-Alemanha, Porto–Portugal, Florença-Itália e Berlin-Alemanha. Essas intervenções ficaram mundialmente conhecidas como “melting men” ou “army of melting men”.
Viaduto Santa Efigênia - 2002

Amsterdan - 2012

As intervenções no espaço urbano Monumento Mínimo, Glória às lutas inglórias ou Anhangabaú: um rio para os ausentes se originam a partir da história local e são efêmeras. A dimensão almejada é sempre aquela em que a produção artística tem o sentido de um fazer político-poético. Arte e convívio, arte e troca, arte como moeda de circulação.

Carros antigos no futuro .. Ah o futuro

No melhor estilo Jetson






Fotos: fotógrafo francês Renaud Marion

Fonte: http://industrie.com.au/jetsons