Pastor de Ovelhas em Serra da Estrela - foto: iberimage.com
A moderna moda portuguesa
redescobre um antigo tecido usado pelos pastores de ovelhas e faz sucesso. A
união entre o tradicional e o moderno pode ser a esperança para uma indústria
que estava desaparecendo no país.
Uma imagem secular em Portugal
está se tornando cada vez mais rara: o pastor com o seu rebanho pelas
montanhas. A lã portuguesa estava em crise.
Os criadores dizem que os
rebanhos estavam desaparecendo por causa da queda do preço da lã. Os esqueletos
das fábricas abandonadas são a prova da decadência do setor. Ruínas espalhadas
pela cidade.
Covilhã, a cidade que fica ao pé da Serra da Estrela, no interior de Portugal, era conhecida como a capital da lã, mas a situação pode mudar mesmo em plena crise da economia europeia. A salvação da lã se inspira no passado. A indústria começa a voltar apostando no mais tradicional dos tecidos do país.
Criações do estilista português Miguel Gigante, Covilhã
Covilhã, a cidade que fica ao pé da Serra da Estrela, no interior de Portugal, era conhecida como a capital da lã, mas a situação pode mudar mesmo em plena crise da economia europeia. A salvação da lã se inspira no passado. A indústria começa a voltar apostando no mais tradicional dos tecidos do país.
Lã pura, sem corantes, só com as
cores naturais, branco, marrom, preto ou cinza. A lã grossa cobria os pastores
na época do frio e protegia da chuva e da neve. O que era um tecido rústico dos
pastores agora vira matéria prima para uma moda moderna e sofisticada. A
esperança de renascimento da lã portuguesa.
foto: atelier de burel
Nas mãos de jovens criadores a
grossa lã portuguesa virou moda. A pura lã vem nas cores originais e as
padronagens são clássicas. A
criatividade tem que ficar mesmo por conta dos modelos e corte. O estilista
busca inspiração no uso tradicional das pelerines dos pastores para fazer
capas, casacos, vestidos.
Agora a lã grossa não é mais só
para proteger da chuva e do frio. A roupa dos pastorinhos portugueses acabou
fazendo sucesso nas passarelas e deu uma nova vida para a lã portuguesa.
Fonte: André Luiz Azevedo - Covilhã,
Portugal - Jornal Hoje