A união de esforços, e de interesses
em comum, para fortalecer a indústria Têxtil Paranaense propõe a criação de um
Instituto para desenvolvimento da Moda Paranaense.
Representatividade
política, linhas de crédito especiais, qualificação e valorização profissional
são os principais pontos da estratégia para 2014
As
indústrias do setor do Vestuário e Têxtil do Paraná deverão ter, em breve, um
instituto exclusivo, voltado a seu desenvolvimento, com ações que aumentem a
competitividade frente a concorrentes nacionais e de outros países.
A decisão, tomada como
prioridade para o ano de 2014, pelos representantes dos Sindicatos do Vestuário
de todo o estado tem como finalidade unir um setor que há 15 anos se uniu,
fortaleceu e atualizou o mercado – através do Planejamento Estratégico
realizado em 1999 - revelando para todo
o Brasil o potencial da indústria têxtil e do vestuário do Paraná.
A expectativa dos
defensores da criação do instituto é que a iniciativa mobilize em seu entorno
escolas de moda, fornecedores, governo do Estado, representantes do
legislativo, Sistema Fiep, Sebrae e, principalmente as Universidades e escolas formadoras dos
profissionais da área.
Em longo prazo, a
expectativa é de que a entidade seja um polo atrativo de outras empresas
ligadas ao setor e ponto inicial de um distrito industrial vocacional, com
benefícios fiscais. “Da forma como a ação
está desenhada, sabemos que precisaremos de 10, 15 anos. Mas é necessário dar
início a estas ações já”, pontuou Marcelo Surek, coordenador do Conselho
Setorial da Indústria do Vestuário e Têxtil.
Dentre as decisões para a
união do setor e a criação do instituto, a migração do evento Paraná Business
Collection, para a cidade de Maringá foi a mais acertada e emergencial, pois a
cidade reúne em todo seu entorno cerca de 4 mil pequenas e médias empresas com
potencial fortíssimo – industrial e criativo – para fazer a diferença na
indústria da moda paranaense.
A qualificação e
valorização de mão de obra estão entre as principais preocupações dos
industriais do Vestuário. O conselho também definiu um grupo de trabalho
voltado ao tema. Ciclos de palestras, parcerias com escolas de moda e
legalização de estrangeiros que queiram trabalhar no setor estão entre as
principais ações deste grupo.
Paraná
é o quinto maior produtor do setor do vestuário do Brasil, em volume. Maringá é
o segundo maior polo de confecções do Brasil.
No estado, 90% das empresas do setor são pequenas ou micro. Cerca de 80% das
peças são confeccionadas pelas próprias empresas, com apenas 20% de
terceirização.