terça-feira, 28 de maio de 2013

Capital erótico. A beleza compensa

Estudos realizados nos Estados Unidos, em 2011, e disponíveis através de livros pelos pesquisadores: Daniel Hamermesh (A Beleza Rende) e Catherine Hakim (O Poder do Capital Erótico), revelam que há uma elite, de aproximadamente 200 milhões de pessoas em todo o mundo que não se destaca pelo dinheiro, poder ou pela inteligência. Eles recebem mais atenção quando crianças tendem a ser mais populares na adolescência, conseguem amor e sexo mais fácil quando se tornam adultos e, segundo as pesquisas, ganham melhor na carreira profissional e, ainda, têm facilidade para se casar com gente rica. 
Capa do livro Capital Erótico e a autora, Catherine Hakim

Mais do que apenas seduzir as pessoas, a beleza tem o poder de iludi-las – e isso também ajuda a explicar seu sucesso social e corporativo. Por meio de um fenômeno que os cientistas batizaram de “efeito aura”, a beleza é associada, inconscientemente, a características positivas como inteligência, caráter e liderança. Isso acontece com crianças na creche e com adultos no trabalho. Um estudo feito em 1970 pelas universidades de Minnesota e Wisconsin demonstrou – por meio de experimentos com fotos – que os mais
bonitos são considerados mais sociáveis, mais capazes, mais bem-sucedidos e até melhores maridos ou mulheres que o resto da população. Isto, sem abrir a boca. O “efeito aura” cria a expectativa de perfeição em torno da beleza física e favorece espontaneamente (e injustamente) quem nasceu bonito – um tipo de percepção que também lança raízes na história.
Christine Lagarde e Barack Obama, dois exemplos de capital erótico muito bem empregado. 
O que revela que "beleza" a qual o capital erótico trata, é um pouco mais que um rosto perfeito.

Os lósofos gregos acreditavam, quatro séculos antes de Cristo, que a beleza estava ligada a qualidades como justiça e simetria. Um corpo, para ser realmente belo, deveria estar recheado de aspirações elevadas e imperecíveis. Na Idade Média, essa noção
foi banalizada e passou a prevalecer a ideia mais simples de que a aparência reetia o caráter. Os belos eram bons, os feios eram maus. Parte dessa superstição se inltrou na cultura moderna e inuencia nossa compreensão do mundo ainda hoje. “A ausência da beleza nos causa cada vez mais estranhamento. Vivemos uma cultura erotizada, que espirra em todos os âmbitos da vida, dos relacionamentos pessoais ao mundo corporativo”, arma a psicóloga Joana Vilhena, da PUC do Rio de Janeiro, coordenadora do Laboratório de Doenças da Beleza. “A valorização do capital erótico está na contramão da aceitação das diferenças.”
Em todo o mundo, apenas 3% das mulheres e 2% dos homens são considerados muito bonitos (fonte: pesquisa realizada na Grã Bretanha, 1991 – revista exame, setembro\2011).

Fonte: TCC Consultoria de Imagem - Lucia Wander