quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mercado plus size cresce e movimenta mais de R$ 4 bi no Brasil


As empresas que passaram a criar roupas para mulheres acima do peso justificam a iniciativa com uma história que se repete: as lojistas tinham uma confecção de roupas femininas tradicionais e perceberam uma demanda crescente por tamanhos maiores.


Em todo o país esse mercado já movimenta anualmente cerca de R$ 4,5 bilhões, o que significa cerca de 5% do faturamento total do setor de vestuário em geral, que hoje ultrapassa os R$ 90 bilhões, segundo a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest).
Esse "boom" é impulsionado pelo crescente número de pessoas com sobrepeso no Brasil. Dados do IBGE apontam que praticamente metade dos adultos está acima do peso (51% dos homens e 48% das mulheres).
Diante desse cenário, grandes lojas de departamento também estão percebendo esse nicho e investindo no ramo. É o caso do Carrefour e da C&A, que lançou no fim do ano passado sua linha plus size, estrelada pela cantora Preta Gil.
foto: divulgação C &A
"Identificamos uma oportunidade de melhor atender este segmento plus size e, buscando democratizar o acesso ao melhor das tendências mundiais para nosso público, criamos a coleção Special for You", diz Paulo Correa, vice-presidente comercial da C&A. "[A linha] está tendo uma avaliação do público e um desempenho muito significativo."


Mercado Plus size

  •  R$ 4,5 bilhões: é valor movimentado pelo mercado plus size no país
  • 51% dos brasileiros está acima do peso
  • 48% das brasileiros está acima do peso
       Fonte: ABRAVEST e IBGE

O crescimento desse mercado também se reflete na internet, como é o caso da recém-inaugurada loja online Flaminga, especializada em moda plus size. (http://www.flaminga.com.br)
"A maioria das gordinhas não tem prazer na compra física", afirma Sylvia Sendacz, sócia-proprietária da Flaminga. "Já online, elas não precisam passar pela humilhação de, no provador, ter de ficar pedindo um número maior para a vendedora."
A loja online também explora um outro nicho, o de moda plus size voltado para um público mais refinado. "Nosso desafio é convencer marcas para a classe A, a investir em roupas de qualidade para gordinha, mostrar que é um desafio criar moda para elas", conta a empresária.
Outros nichos dentro da moda para gordinhas também estão florescendo. É o caso de marcas de biquinis, roupas de ginástica e de vestidos de festas e de noiva.
"A procura por meus modelos de numeração maior fez com que aumentássemos em 60% nossas peças plus size", comemora Edson Eddel, da marca de vestidos de noiva. http://www.edsoneddelnoivas.com.br

Fonte: BBC Brasil em São Paulo - Mariana Della Barba

Exposição


Exposição "Modas e Modos" revela as mudanças do vestuário feminino ao longo da história

Revoluções e guerras transformaram a sociedade e 
refletiram no modo de agir e vestir das mulheres

Retratando a autonomia e a individualização da mulher ao longo do século 20, a mostra “Modas e Modos” estará em cartaz até 19 de agosto 2013, no Museu Paranaense. São 11 manequins femininos com trajes de gala e passeio, de banho, de trabalho e lingerie, além de sapatos e acessórios, como chapéus, luvas, leques e mantilhas. A entrada é franca.

A exposição revela as transformações que o decorrer da história provocou no vestuário feminino, que seguiu novos padrões ditados pela autonomia econômica e social das mulheres. A crescente urbanização e industrialização conferiram novas dimensões ao universo feminino e uma modificação do papel exercido pela mulher dentro do mundo econômico. As mulheres passaram a adentrar novos espaços de sociabilidade, exercendo trabalhos nas fábricas, lojas, escritórios, telégrafos, armazéns, hospitais; criando novos hábitos e comportamentos da vivência feminina para além dos papéis de esposa e mãe.

Quadros a óleo e fotos do final do século XIX e início do XX, mostrando a mulher paranaense no universo de uma Curitiba que não mais existe. Uma mesa de chá e um ambiente de costura completam a mostra.
Mulheres de destaque social e cultural em Curitiba como Marianna Coelho (responsável pela divulgação do feminismo), Elvira Paraná (pioneira na reivindicação do acesso ao conhecimento para as mulheres), Julia Wanderley Pietrich (professora paranaense que liderou o movimento para o ingresso de moças no educandário), Bertha Roskamp (primeira comerciante de Curitiba no ramo de secos e molhados e aviamentos), despontaram como ícones na expressão da subjetividade feminina, abrindo caminhos para as escolas, associações, centros culturais, movimentos artísticos e literários, dando voz e expressão às mulheres paranaenses.
Serviço:
A Exposição dica em cartaz  até 19 de agosto 2013
Visitação: Terça a sexta-feira das 9h às 18h. Aos sábados, domingos e feriados das 10h às 16h
Museu Paranaense - Rua Kellers, 289 – São Francisco – Curitiba – PR
Mais informações: (41) 3304-3300 - Entrada gratuita





terça-feira, 16 de abril de 2013


e no Paraná ...

Nos últimos anos, uma grande indústria se instalou no Paraná.
Esta indústria, foi alinhada a partir da década de 70, ganhou adeptos na década de 80 e com a abertura do mercado internacional se fortaleceu na década de 90 e até agora só cresce.
Com mais de 100 mil funcionários diretos e aproximadamente 800 mil indiretos, esta indústria registrou um aumento de mais 600% nas suas exportações no ano de 2010, enquanto o Brasil crescia 17%.
São mais de 130 milhões de peças produzidas por ano, por 5 mil pequenas e médias empresas, que movimentam negócios na ordem de 2 bilhões de reais e que já se coloca como a 3ª maior economia do nosso estado.
Para manter esta indústria competitiva com o mercado 12 instituições de ensino superior se organizam para atender e preparar os profissionais que farão a diferença entre ganhar ou perder.
O início de tudo - (foto:Erivaldo)

Mas o mais importante de tudo isto...
Esta indústria não veio de fora, esta indústria se formou aqui, pelos paranaenses que aproveitaram as transformações econômicas dos anos 80 e 90 e assim criaram um grande e competitivo parque industrial no norte, noroeste e sudoeste do estado.
Nós estamos falando da indústria da Moda.
São mais de 15 centros atacadistas de pronta-entrega que recebem em média 20 mil compradores (por mês) vindos de todo o Brasil.
Além dos empregos diretos esta indústria ainda dá muito pano pra manga, promovendo o trabalho de profissionais liberais como fotógrafos, produtores de eventos, modelos, estilistas, e outros tantos profissionais que atuam na área.
Isto é apenas o começo da costura perfeita que fizemos para você conhecer de perto quem e como se faz Moda.

sábado, 10 de julho de 2010

O RITUAL DA MODA

Os Desfiles celebram a poesia das coisas belas!




















A Moda é um ritual. Um ritual especialmente quando chega às lojas, quando vamos as compras conscientes de que vamos gastar – em muitas vezes se for preciso – para nos vestir de personagens diferentes em busca de novos “eus” guardados em nós; um ritual também quando, em casa, coordenamos as peças que queremos vestir num esforço para sermos adequadas e criativas. Um ritual social quando saímos de nossas casas com a nossa identidade de moda – previamente estabelecida em casa – à rua. A moda é a arte que trazemos conosco todos os dias.











Mas existem outros rituais na moda, embora distante de nós, não vivemos diretamente junto deles e a moda não existe sem eles, é o ritual nos ateliers dos designers onde mãos experientes provam, e também aprovam, as cores, as texturas, o brilho e a fonte criativa e glamourosa que a moda dissemina nas revistas a que precede,antes de tudo um outro ritual: o dos desfiles.


Quando Tom Ford se recolheu no palco da ribalta, comoveu a platéia no desfecho da apresentação da Gucci para o outono/inverno 2003-04. Choveram pétalas de rosas que cobriram o chão por onde as modelos passavam num ritual de elegância – Tom Ford na ocasião comentou: “Quero que as pessoas chorem por beleza”. E, neste passo de retirada, resumia o ritual dos desfiles; os desfiles celebram a poesia das coisas belas.

Impossível falar de ritual e moda e não citar Paris a cidade do amor, a cidade luz e sem sombra de dúvida a capital da moda, esta sim a verdadeira capital da moda do mundo. Dona de um refinamento imbatível. Milão desistiu logo de concorrer com esta tradição e criou sua própria aura de magia com um forte apelo comercial. Mas com Paris é diferente, não vamos até lá para consumir moda, mas também para conhecer e saber o que será usado nas próximas estações, vamos a Paris porque lá é um verdadeiro observatório do que será moda amanhã, muito mais do que imprimir um ritual de compras Paris nos leva a observar e elevar nossos sentidos. Paris de Chanel, de Yves Saint Laurent. Paris como ritual, sempre!

Milão é outra coisa. É a história da hiperfeminilidade, é o brilho e o glamour de Cavalli, Versace ou Dolcce Gabbana a praticidade de Prada ou as estampas de Emilio Pucci. Enquanto Paris toca os violinos Milão diverte-se noite adentro. Mas o que vemos na moda em Milão é roupa que se vende porque se alinha no princípio de que foram feitas para pessoas e não apenas para delírio dos designers. Nova York é outro tipo de glamour onde há a maior concentração de celebridades por metro quadrado. Nova Iorque é um luxo, mas o seu requinte dispensa os floreados europeus. Londres é a capital da moda que mescla influências do mundo inteiro com nomes de peso na moda embora eles tenham grande necessidade de se apresentarem em paris – Vivienne Westwood, Stella McCartney. E outras capitais? Será que o ritual da moda passa por tão poucos lugares? E o Brasil? Será que a nossa moda não influencia toda uma geração de jovens designers, produtores de mega desfiles e cenografistas? Claro que sim, mas estamos buscando ainda o nosso ritual. O ritual de passagem de uma estação a outra, na verdade o ritual de beleza que a moda traz e que desejamos que contagie todo o mundo ainda que o espetáculo dure somente alguns minutos. Esperamos sempre pelo sonho dos rituais das próximas temporadas de moda.

terça-feira, 6 de julho de 2010

CYCLE CHIC

A moda ciclista vira movimento, mas como está e para onde vai a tribo de duas rodas

"Se você vai usar a bicicleta para atividades esportivas ou pedalar em corridas, vai precisar de equipamentos e roupas específicas. Mas se você quiser ir de bicicleta ao trabalho ou ao supermercado, em distâncias curtas, você não precisa de nada especial. Basta abrir seu armário”.

Esta citação é de Mikael Colville-Andersen, fotógrafo e cineasta que criou o termo Cycle Chic, em meados de 2006. Uma foto despretenciosa que ele fez e você conhecerá a seguir deu nome para um movimento que está sendo seguido no mundo todo. Atualize sua coleção e guarda-roupa com o top 5 de informações que esta reportagem traz na sequência!


























Criador do blog Copenhagen Cycle Chic, chamado de "The Sartorialist em duas rodas" pelo jornal The Guardian, o fotógrafo Mikael promove o uso de bicicletas como meio de transporte nas cidades. Em vez de manifestos e textos sobre o assunto, foi através de uma fotografia, em que uma garota está começando a pedalar no momento em que o semáforo muda do vermelho para o verde, que ele resumiu uma nova forma para ciclismo e moda dialogarem em centros urbanos.

Com a proposta de que as pessoas podem usar roupas normais para pedalar, Mikael desencadeou um movimento em vários países, que adaptaram o conceito ao clima de sua região. Como pedalar de terno em Londres não é a mesma coisa que pedalar com a mesma roupa no Rio de Janeiro, diversos blogs foram criados para publicar como os Cycle Chics se vestem ao redor do mundo.













Muitas pessoas não usam bicicletas no cotidiano porque não gostam roupas esportivas ou não podem chegar de bermuda e camiseta no seu ambiente de trabalho. Para estas pessoas, o Cycle Chic é uma solução perfeita, por sustentar que qualquer roupa que você usa como pedestre também pode ser usada para pedalar.

Em termos de estilo, o ideal é que a elegância norteie as produções usadas para conduzir a bike. Calça social e sapato são comuns entre homens, assim como saia e salto para mulheres. No entanto, como o movimento surgiu na Europa, é preciso bom-senso para que seja viável em países mais quentes, como o Brasil.

Mesmo que a roupa fitness caia em desuso no Cycle Chic, a segurança jamais deve ser desprezada sobre as duas rodas. Então, surgiu o desafio: como combinar capacete e colete refletivo com uma produção casual? A moda respondeu esta pergunta com itens de segurança "disfarçados" e detalhes inseridos em peças já existentes. Capacetes que recriam chapeus normais, mochilas com faixas refletivas e até casacos com lâmpadas acopladas são alguns dos filhos recentes do casamento entre pedaladas e passarelas.

Bikes na passarela

Diversas grifes entraram no embalo do ciclismo aliado ao mundo da moda e lançaram suas próprias bicicletas. Há para todos os estilos: desde modelos de luxo Chanel, versões mais jovens e esportivas Puma, além dos floridos veículos Liberty.

Em passarelas internacionais, a grife Moncler Gamme Bleu apresentou peças de verão 2011/12 que misturam características casuais e esportivas. Em conjunto com sapatos, calças sociais e gravatas, foram propostos itens de proteção como luvas e faixas refletivas, dispostas em diferentes lugares dos looks.

Além dos exemplos da moda cotidiana que se inspiram no ciclismo para desenvolver coleções, há semanas de moda específicas para os lançamentos do segmento. Dublin Cycle Fashion Show e Urban Legend Fashion Show são os eventos mais expressivos e envolvem desfiles, exposições e feiras.

Onde está e para onde vai

Cycle Chic é uma tendência em evolução em cidades que investem em instalações para melhorar o uso da bicicleta. Com a crescente popularidade do movimento, há programas comunitários, como o Velib, em Paris, Bicing, em Barcelona, Eu Vou de Bike, no Brasil, que informam aos cidadãos as facilidades de trocar o carro pela bicicleta.

Mesmo em cidades em que não há infra-estrutura para pedalar com segurança, os grupos de ciclistas são numerosos e querem ver mudanças. Em São Paulo, por exemplo, ciclofaixas clandestinas foram pintadas neste ano em algumas avenidas movimentadas que não oferecem condições para ciclistas trafegarem. Protestos como este demonstram que há um público consolidado e ativo, que clama por rua e respeito.

Recentemente, a Oakley lançou uma revista inteiramente dedicada ao universo do ciclismo. Chamada "Rebels - Revista Oakley da Cultura Ciclística", a publicação traz traz entrevistas com algumas personalidades e atletas japoneses patrocinados pela marca. Rebels segue os padrões da revista japonesa Hidden Champion, que aborda outros esportes sempre referenciando a moda.

fonte: site. www.usefashion.com
Saiba mais: Curitiba Cycle Chic