terça-feira, 1 de outubro de 2013

Calçados impressos em 3D e que podem ser personalizados pela internet

Mais uma grande sacada para o futuro, destes que parece distante, mas sabemos um futuro cada vez mais próximo.
Foto: cubify
Já publicamos alguns textos sobre o futuro da fotografia e também sobre o mercado das impressoras em 3D e é claro que daqui alguns anos (talvez meses) a gente "saca" este texto e vai achá-lo muito ultrapassado, porque todos nós teremos acesso a uma impressora 3D daqui a bem pouco tempo.

Então temos de ser rápidos para mostrar o que vem por aí. Uma linha de sapatos de salto alto que podem ser baixados de graça e impressos em seis ou sete horas a três dimensões.
A criação é do designer Finlandês, Janne Kyttänen, (http://www.jannekyttanen.com/que ainda disponibilizou os modelos para que as próprias pessoas possam personalizá-los. As peças vêm em quatro estilos (facet, macedonia, leaf e classic, com pequenos detalhes que os diferenciam), estão disponíveis gratuitamente na internet e o usuário só precisa escolher o tamanho e imprimi-lo na cor da sua preferência.Os sapatos foram concebidos para serem impressos com uma Cubex (modelo de impressora 3D) e são apenas uma dentre muitos trabalhos do designer nesta área. Ele é um apaixonado pela tecnologia da impressão 3D e mantém uma loja virtual, a Cubity (http://cubify.com/) com diversas peças construídas apenas com esta inovação.
Sabemos que pouquíssimas pessoas já podem se dar o luxo de ter uma impressora 3D em casa, mas esse é mais um exemplo do que nos aguarda num breve futuro.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O Brasil, ainda, não conhece o Brasil

Um dos mais importantes polos de confecções do estado, na cidade de Maringá, realiza mais um grande evento para receber compradores de todo o Brasil.
Ricardinho, levantador campeão mundial e medalhista olímpico com o Brasil, 
participou do Maringá Fashion Mix 2013. (Foto: Bruna Moreschi)
A cidade de Maringá será sede de mais uma grande mostra de coleções de produtos genuinamente paranaenses. O dia 06 de outubro foi a data escolhida para a mostra da coleção Alto verão. A cidade e seu entorno, agrega mais de 10 escolas com formação em cursos superior e técnico na área de criação, estilo, engenharia têxtil, entre outros indispensáveis pela qualidade dos produtos apresentados.
Não bastasse todo essa tecnologia empregada para apresentar os melhores produtos manufaturados o Sindvest – Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá e responsável pela organização do evento, se atenta principalmente à forma de apresentação de seus produtos. Na edição anterior do Maringá Fashion Mix o trabalho do produtor Ed Benini, exaltou a cultura brasileira impressa nas criações de diversas marcas presentes no evento, transformando o que poderia ser uma simples demonstração de “roupas” em um grande espetáculo da moda. 

A cidade de Maringá costuma receber compradores de todos os estados brasileiros, com força maior para Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo e claro, Paraná. Uma região que se destaca pela alta qualidade dos produtos apresentados pela indústria local, fruto da grande influência que tiveram por serem durante muito tempo, cerca de 20 anos, “terceirizados” de grandes marcas como M.Officer, Ellus, Fórum, Vuarnet, entre outras importantes marcas.
Foto: Bruna Moreschi

O polo de confecções de Maringá responde por aproximadamente 80 mil empregos diretos o que impulsiona aproximadamente mais de 400 mil outros tantos profissionais de forma indireta. Seis (6) shoppings de atacado que participam deste evento, somando aproximadamente 600 lojas com produtos a pronta entrega.
A próxima edição já tem data confirmada: 06 de outubro 2013, para lançamento das coleções de Alto Verão. Que venha o próximo e com muito sucesso de vendas, afinal é a coleção que norteia o fim de ano. É ver prá crer.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A produção de sentido na fotografia de moda

A produção de sentido na fotografia de moda nos faz crer que nossos olhos acreditam “cegamente” no que vêem
vestido feito de clicletes
Se você ainda não se decidiu pelo qual caminho pretende seguir na carreira e fez a escolha de trabalhar na área da moda ou fotografia, vai gostar desta matéria. A fotógrafa e artista coreana Yeonju Sung apostou em um projeto muito ousado. 
de bananas
Há cerca de dois anos ela vem trabalhando com materiais nada convencionais, misturando cores e texturas e até sabores dos mais variados tipos de alimentos, que passam por frutas, legumes e verduras. Um trabalho que só pode ser visto através da fotografia, assim a artista passa boa parte de seu tempo na produção de peças que não servem para alimentar e tampouco usadas como roupas, gerando um conjunto completamente diferente de imagens que contradizem a noção convencional de alimentos e roupas.

de cebolinha
No Brasil o estilista Jum Nakao realizou um trabalho inesquecível com uma proposta similar, quando em 2004 deixou uma platéia de mais de mil pessoas estarrecidas com a mostra do desfile que ele definiu como “a costura do invisível” , nele as modelos terminavam o desfile rasgando todos os looks que foram apresentados no evento, o propósito era mostrar o qual efêmero e passageiro é a moda.

Todas as peças fazem parte do acervo da artista e, claro, só podem ser vistas em fotografias nas inúmeras exposições que a artista vem apresentando pelo mundo.

Fonte e crédito das fotos : 
http://www.yeonju.me/ - 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Uma ideia na cabeça se torna um negócio rentável

O chapeleiro Durval Sampaio tem um lema de vida: trabalhar no que ama. Por isso ele deixou pra trás um emprego estável e que permitia ganhar um bom dinheiro para… fazer chapéus. A ideia parecia meio louca, principalmente para sua mãe, mas o sucesso do negócio e a paixão pela costura e pelos próprios chapéus provaram que ele estava certo.
O começo de tudo foi assim: depois de muitas voltas tentando achar um chapéu bacana para uma festa, Durval cansou e decidiu fazer ele mesmo. Em pouco tempo, estava criando chapéus de diferentes padrões para os amigos, que elogiavam o trabalho. O vício pegou e Durval, conhecido como Du E-Holic descobriu que só precisava de uma máquina de costura, uns pedaços de tecido e muita vontade. E assim ele mudou de vida.
Em pouco tempo já estava criando chapéus para seus irmãos, amigos e amigos de amigos. Assim não demorou muito para a brincadeira virar coisa séria.

Sete anos de muito trabalho se passaram até conquistar seu sobradinho simpático e decorado por ele usando sucata de móveis.
Ele é quem fabrica cada um dos chapéus expostos na sua boutique. Cada modelo tem uma etiqueta com a música que serviu de inspiração na criação.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Retratos do presente, no futuro

Já pensou você em miniatura na estante da sua casa, parece brincadeira, mas não é.

Mais uma grande invenção do presente que vai – sem dúvida alguma – mudar muito nossa forma de lidar no futuro com as impressões em 3D.
Imagine uma figura de você mesmo. Agora, imagine você presentear os seus pais com uma miniatura dos netos para colocar na estante. É isto mesmo um boneco feito a partir das suas formas, mas de um modo muito mais acessível e sem dúvida alguma muito útil também. A empresa que tem sede na Alemanha, descobriu uma técnica genial de usar a impressora em 3D. Conhecida como fotogrametria, segundo a empresa a tecnologia é semelhante ao que muitas pessoas conhecem do efeito Matrix -  você pode eternizar um momento. O nascimento de um bebê, o casamento de um filho, a festa de 15 anos da filha, o animalzinho de estimação, a formatura e até aquele momento em nos sentimos o máximo pode ser eternizado.
Como funciona? assim: Você escolhe a roupa com a qual quer ser “copiado”, posiciona-se sobre uma máquina para ser fotografado e pronto (e nem precisa prender a respiração) o resultado é você em 3D, que você pode segurar nas mãos e olhá-lo por todos os lados.
Parte da técnica utilizada - o pó que auxilia na construção das miniaturas

A técnica também permite que seja feito a partir de fotografias já prontas, mas alguns critérios devem ser observados para que a cópia fique perfeita, como tipos de roupas, cores e outras informações que eles comunicam na hora de "fotografar" você. As miniaturas custam em média 250 euros e o tamanho varia entre 15 e 35 cm. Incrível.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A moda como arte atrai público em museus nos EUA

Se você curte aquela sensação de entrar numa sala de desfile, o ar condicionado, o ambiente escuro, música alta, as pessoas vestidas com muito estilo vai gostar desta nova tendência americana para angariar público para os museus.

Exposição sobre a influência do punk na moda no museu Metropolitan, em Nova York

Pelo menos 17 mostras com foco em roupas e acessórios estão em cartaz ou sendo montadas em instituições no país, segundo um levantamento feito pela Folha de São Paulo. Os cenários lembram verdadeiras semanas de moda e os manequins expostos estão vestidos por estilistas aclamados muito conhecidos pelo público que gosta de moda e pouco conhecido pelos frequentadores de museus.

A pesquisa revelou, ainda, que o público que viu a exposição do estilista Alexander McQueen é igual – em números – ao de Mona Lisa. É claro que existe muito mais exposições com obras como Mona Lisa e pouquíssimas sobre moda nos grandes museus.

John Galliano para primavera/verão de 2001, que ilustra livro da mostra do Metropolitan

No entanto a inacessibilidade da maioria das pessoas que gostam de moda aos grandes desfiles tornam um sucesso as exposições de moda em museus porque podemos ver de perto aquela peça tão desejada e copiada por tantos.

"As pessoas se atraem porque moda faz parte da vida delas. Quando compramos, olhamos o material, o estilo e a forma", afirma Sarah Schleuning, curadora do High Museum of Art, de Atlanta, que abriu uma série com a meta de alcançar quatro mostras de joias até 2014.

Trabalho de Vivienne Westwood, de 1970, exposto em Nova York

Sem nunca antes ter realizado uma grande exposição voltada para o assunto, o Seattle Art Museum aderiu à moda e registrou público 50% superior ao estimado em uma exibição inaugurada recentemente mostrando três décadas de influência fashion japonesa (e vários looks dos estilistas Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto, é claro).
Vestido da exposição sobre moda japonesa, em Seattle

Em Nova York, o museu Metropolitan vai abrir em novembro uma retrospectiva do designer de joias francês Joel A. Rosenthal, e isso logo depois da exposição "Punk: Chaos to Couture", que termina agora. Essa, sobre a influência do movimento punk nas passarelas, foi aberta em maio (2013) sob forte expectativa de sucesso de público, característica que se repete na maior parte dos eventos, seja qual for o estilo exibido.

O repertório hippie de uma mostra apresentada no Museum of Fine Arts de Boston, que desde os anos 1960 despe seu acervo para eventos de moda, sinalizou que neste ano o assunto ganhou mais popularidade, segundo a curadora, Lauren Whitley: "'Hippie Chic' nos fez perceber um novo público não familiarizado com os eventos anteriores do museu", diz.Algumas instituições, entretanto, negam que a escolha de temas relacionados à moda seja orientada pelo apelo à audiência, o que eu duvido.

Joia chinesa com pérolas de Maria Pinto, coleção exposta no museu Field

"Moda é também um trabalho de arte e tem significados e representações culturais tão importantes quanto a pintura", responde um porta-voz do Norton Museum of Art, de West Palm Beach, instituição que vai abrir em janeiro sua mostra de joias. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br – por Joana Cunha

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Vicunha demite 300 funcionários e fecha unidade de fios de viscose

Enquanto o governo se preocupa com seus vôos particulares em jatinhos do estado, deixa obras – monumentais – inacabadas, como hospitais, escolas e outras tantas, empresas tradicionais fecham suas portas, demitem e aumentam o índice de desempregados para colocar mais e mais pessoas na lista dos bolsa-auxílio – entenda-se por bolsa-voto.
A unidade de fios de viscose da Vicunha Rayon Têxtil, em Americana, vai fechar as portas da linha de produção e demitir 300 trabalhadores a partir de quinta-feira. A empresa comunicou a decisão ontem ao Sindicato dos Trabalhadores Têxteis. De acordo com a entidade, a decisão já vinha sendo protelada, até o momento em que a crise do setor impediu que as atividades tivessem continuidade. A produção de fios de viscose no grupo teve início originalmente em 1949, com a Snia-Viscose, adquirida pelo Grupo Vicunha em 1982.
"A Vicunha já vinha, há cerca de um ano, protelando essa decisão. Vínhamos conversando e buscando alternativas. A empresa esperou para ver se o mercado melhorava, mas está cada vez mais complicado para o segmento têxtil, principalmente para as fiações", comentou o presidente do sindicato que representa a categoria, Antonio Martins. "É um impacto muito grande, tanto social como psicológico. A empresa é uma das maiores do Brasil. Pegou a gente de surpresa, mas é o fim de uma história que já se desenrolava há muito tempo", completou o sindicalista.

A entidade informou que as demissões serão efetivadas na quinta-feira. A empresa pagará a indenização pela dispensa dos funcionários e, dessa forma, não será necessário o cumprimento de aviso prévio, ainda segundo o sindicato. O setor de fiação de viscose representava cerca de 70% do quadro da empresa. Aproximadamente 150 funcionários seguirão na unidade de celulose.

Para o presidente do Sinditec (Sindicato das Indústrias Têxteis de Americana e Região), Dilézio Ciamarro, o caso da Vicunha serve de exemplo para demonstrar as dificuldades enfrentadas pelo segmento, frente a importação vinda da Ásia, considerada desigual. "O governo precisa abrir os olhos para as empresas da cadeia têxtil, que não estão aguentando a diferença da competição com os produtos importados. Precisa ser feito algo 'para ontem'. O caso da Vicunha é mais uma situação emblemática para representar os problemas do setor. Ela mostra que não vale mais a pena produzir fios no Brasil", disse ele. Os números do déficit da empresa e da dispensa de funcionários serão incluídos na apresentação que os empresários representantes do setor farão em Brasília, no dia 20, em reunião com deputados federais, segundo Dilézio, visando a votação do veto presidencial que impediu o fim da multa de 10% sobre o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Fonte: www.portalliberal.com.br – por Bruno Moreira