sexta-feira, 24 de maio de 2013

Indústria têxtil movimenta economia e gera empregos na região nordeste

Responsável por uma boa parte da produção da indústria têxtil brasileira o nordeste se destaca cada vez mais e recebe muito bem os seus compradores, vindos de várias partes do Brasil.
Um bom exemplo é o do comerciante Alpiniano Neto é da Paraíba que assim que chegou à Fortaleza para suas compras já ficou hospedado em uma das muitas pousadas oferecidas pelos shoppings de atacado, o que lhe poupa tempo para as compras e dinheiro de hospedagem.  Existe um hotel dentro do centro de lojas para receber os visitantes que chegam para fechar negócios. “Você acorda, toma café da manhã e já sai, já vai direto para as lojas, nos fornecedores, não tem que estar pegando trânsito, se preocupar com táxi, facilita bastante”. Afirma Alpiniano.
foto: valormercado
Facilidade para atrair mais clientes, que compram confecção no atacado e revendem no local onde moram. “A grande maioria são os pequenos compradores, são aqueles que desenvolvem o trabalho, que são chamadas de sacoleiras. Elas evoluíram, são consultoras, pesquisam, estudam”, diz Saulo Varela, diretor de shopping.

O Nordeste hoje é referência na produção e venda de produtos têxteis e de confecção. Ano passado, vendeu mais de 93 mil toneladas para outros países, o que correspondeu a 228 milhões de dólares. A região é a que mais produz fiação (37%) e fica em segundo lugar na produção de tecelagem (19,4%), atrás apenas do Sudeste (58%).
No Ceará, as empresas de confecção se multiplicam. Grande parte delas fabrica moda íntima, um segmento que fatura em torno de R$ 310 milhões por ano. A maioria começa pequena. “Ela realmente nasce informal, geralmente, direto da casa da costureira, do quintal, da garagem, onde se convida uma amiga para trabalhar, vai produzindo, gerando pedido, vai crescendo até se tornar uma grande indústria”, explica Germano Maia, presidente Sindtêxtil-CE.
Para crescer assim, em um mercado tão competitivo, é preciso investimento em mão de obra, design, tecnologia. Por isso, as peças passam por várias profissionais antes de chegar ao consumidor.
Profissionais concorridos no mercado. Muitos empresários tem dificuldade para encontrar mão de obra para manter a produção de 120 mil peças por mês. “Hoje, eu tenho vagas, mas não aparecem pessoas qualificadas, especialmente na parte de lingerie”, conta Alexsandra Oliveira.

Shopping Fortaleza
O costureiro Roberto Vieira de Sousa ocupa um dos 300 mil empregos que o setor têxtil e de confecção gera no nordeste. Ele deixou de ser mecânico para assumir a profissão de costureiro. Sem se importar com os comentários. “A gente releva, dá para passar”.

Fonte: http://m.g1.globo.com/jornal-hoje - por Aline Oliveira\Fortaleza-CE