Responsável por uma boa parte da produção da indústria têxtil brasileira
o nordeste se destaca cada vez mais e recebe muito bem os seus compradores,
vindos de várias partes do Brasil.
Um bom exemplo é o do comerciante Alpiniano Neto é da Paraíba que assim
que chegou à Fortaleza para suas compras já ficou hospedado em uma das muitas
pousadas oferecidas pelos shoppings de atacado, o que lhe poupa tempo para as
compras e dinheiro de hospedagem. Existe
um hotel dentro do centro de lojas para receber os visitantes que chegam para
fechar negócios. “Você acorda, toma café
da manhã e já sai, já vai direto para as lojas, nos fornecedores, não tem que
estar pegando trânsito, se preocupar com táxi, facilita bastante”. Afirma Alpiniano.
foto: valormercado
Facilidade
para atrair mais clientes, que compram confecção no atacado e revendem no local
onde moram. “A grande maioria são os pequenos compradores, são aqueles que
desenvolvem o trabalho, que são chamadas de sacoleiras. Elas evoluíram, são
consultoras, pesquisam, estudam”, diz Saulo Varela, diretor de shopping.
O
Nordeste hoje é referência na produção e venda de produtos têxteis e de
confecção. Ano passado, vendeu mais de 93 mil toneladas para outros países, o
que correspondeu a 228 milhões de dólares. A região é a que mais produz fiação
(37%) e fica em segundo lugar na produção de tecelagem (19,4%), atrás apenas do
Sudeste (58%).
No Ceará,
as empresas de confecção se multiplicam. Grande parte delas fabrica moda
íntima, um segmento que fatura em torno de R$ 310 milhões por ano. A maioria
começa pequena. “Ela realmente nasce informal,
geralmente, direto da casa da costureira, do quintal, da garagem, onde se
convida uma amiga para trabalhar, vai produzindo, gerando pedido, vai crescendo
até se tornar uma grande indústria”, explica Germano Maia, presidente
Sindtêxtil-CE.
Para
crescer assim, em um mercado tão competitivo, é preciso investimento em mão de
obra, design, tecnologia. Por isso, as peças passam por várias profissionais
antes de chegar ao consumidor.
Profissionais
concorridos no mercado. Muitos empresários tem dificuldade para encontrar mão
de obra para manter a produção de 120 mil peças por mês. “Hoje, eu tenho vagas, mas não aparecem pessoas qualificadas,
especialmente na parte de lingerie”, conta Alexsandra Oliveira.
Fonte:
http://m.g1.globo.com/jornal-hoje
- por Aline Oliveira\Fortaleza-CE